domingo, 16 de outubro de 2011

O Evangelho Segundo o Espiritismo


Perdão das ofensas (II)

Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? Oh! ai daquele que diz: “Nunca perdoarei”, pois pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa, se não procedestes com toda a moderação necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tornardes merecedores da invectiva que lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido: quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no olvido? Se de vós dependia impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos dementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.
Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: “Eu lhe perdôo”, mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: “Perdôo” e acrescentam. “mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida.” Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. — Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 15.)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Saibaba: Ser de Luz




"As pessoas podem agir do modo que lhes agrada, mas não podem escapar das conseqüências de seus atos. Seja um simplório ou um nobre, o indivíduo terá que enfrentar os resultados de suas ações. Que ninguém alimente a ilusão de que pode cometer um pecado e sair ileso. Por esta razão, deve-se ponderar antes de iniciar qualquer atividade, se a mesma é boa ou má. Aonde quer que vão, os resultados de suas ações os seguirão como sombras. Entretanto, é possível escapar das conseqüências das ações pela Graça de Deus. Ele está sempre a seu lado dizendo: "Assim seja!" O homem não reconhece esta verdade e se deixa arrastar para ações pecaminosas. Ele sabe muito bem o que é bom e o que é ruim, mas, ainda assim é incapaz de desistir do mau caminho. As experiências que a pessoa tem na vida, boas ou ruins, dependem de suas ações."

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rio de Paz


Rio de Paz

Nascente na dor
No vale do amor
Lágrimas que na margem se desfaz...
Rio de paz enterra uma flor
Que ao vê-la neste vale
Sucumbir sem nenhum valor
Causa tristeza e rancor
Pela alegria que jaz nos braços do ente...
O pobre sofredor.O pai da alegria sofre
Ao ver fugir a esperança
Nesta violência desvairada,
Alvejada em disparada
Pelo sangue que segue na calçada
Desaguando no rio de paz...
Por favor! Atirem em nós
Apenas sementes de amor,
Alegria sem devaneio
Desespero no passeio,
Não é festim que atiram em nós...
As flores que de todo este desespero sobrevivem
Seguem o rio chorando,
Fazendo o seu apelo pela paz...

Se eu pudesse


Se eu pudesse

Se eu pudesse ter o dom de transformar o mundo
Eu transformaria em motivo de paz
Se eu pudesse ter o dom de ser contra o preconceito
Eu transformaria os corações dos homens

Se eu pudesse não existiria diferença entre brancos,
pardos, índios, negros, outros
Eu os designaria criaturas de Deus,
Unidos como irmãos

Se eu pudesse acabaria a destruição das florestas,
dos animais, da raça humana
Eu faria réplicas na terra das coisas que o homem iria preservar

Se eu pudesse encheria o coração dos homens de amor e palavras do Senhor
Eu teria o dom da profecia e profetizaria união entre os povos.

Ah! Se eu pudesse...

Paz!


Paz!


Por um dia é pouco
Raro na vida inteira
Algo de sossego
Tranquilidade na almaZelo para o espírito
Moderada no seu viver
Já não explode em gritos
Mantém a sua calma
Sussurros não há
Harmonia em leveza
Alegria sem tristeza
Assim serão os dias
Quem busca a paz acha
Um momento talvez
Ela está entre nós
Basta apenas encontrar.