terça-feira, 24 de maio de 2011

Os Eclipses

Em termos gerais, podemos definir um eclipse como um obscurecimento parcial ou total de um corpo celeste por um outro que se sobrepõe. Como exemplo podemos mencionar alguns sistemas duplos de estrelas em que uma das estrelas se sobrepõe à outra, do ponto de vista de um observador na superfície da Terra, fazendo baixar a luminosidade do sistema de estrelas. São as chamadas binárias eclipsantes.
Porém, quando falamos em eclipses normalmente pensamos nos eclipses do Sol e da Lua, e são destes que vamos falar neste artigo.

Eclipse do Sol
Um eclipse do Sol ocorre quando o Sol, a Lua e a Terra estão perfeitamente alinhados, sendo que a Lua tem que estar na sua fase de Lua Nova. Quer isto dizer que a Lua tem que estar entre o Sol e a Terra para que a sombra da Lua seja projectada na superfície da Terra. Mas aqui pode surgir uma dúvida: Porquê que não acontece um eclipse do Sol sempre que ocorre uma Lua Nova? De notar que entre duas Luas Novas consecutivas passam um pouco mais de 29 dias, porém não sucedem eclipses a cada 29 dias. O motivo é que a órbita da Lua tem uma inclinação de cerca de 5º em relação ao plano da órbita da Terra, a eclíptica, e na maior parte das vezes quando chega à Lua Nova essa inclinação é notória na medida em que a sombra da Lua é projectada “acima” no pólo norte da Terra ou “abaixo” do pólo sul da Terra. Mas quando chega à Lua Nova e isso coincide com o momento em que a Lua está no plano da órbita da Terra então dá-se um eclipse do Sol.
eclipse do SolPara entendermos melhor este assunto também é necessário termos em mente que o diâmetro do Sol é cerca de 400 vezes maior que o diâmetro da Lua, mas o Sol está cerca de 400 vezes mais longe que a Lua fazendo com que no céu eles pareçam ter aproximadamente o mesmo tamanho. Mas as distâncias não são sempre as mesmas, as distâncias entre a Terra e a Lua e entre a Terra e o Sol variam um pouco, de forma que por vezes visto da Terra o tamanho da Lua é ligeiramente maior que o Sol, noutras vezes o tamanho do Sol é ligeiramente maior que o da Lua.
Posto isto, existem três tipos de eclipses do Sol: totalparcial e anular.
Um eclipse total do Sol dá-se quando o tamanho da Lua visto da Terra é suficiente para tapar a totalidade do Sol. A fase da totalidade dura apenas uns minutos num determinado lugar na Terra, e pode ser observada em lugares sucessivos seguindo uma estreita faixa encurvada com algumas centenas de km de largura. Ao longo de duas largas regiões, uma de cada lado dessa faixa da totalidade, vê-se um eclipse parcial, ou seja, apenas uma parte do Sol fica tapado pela Lua.
Um eclipse anular do Sol ocorre quando o tamanho da Lua parece ser ligeiramente menor que o tamanho do Sol e então a Lua tapa quase a totalidade do Sol è excepção de um anel exterior. À semelhança do caso dos eclipses totais, o eclipse anular segue uma estreita faixa encurvada, sendo que de ambos os lados dessa faixa pode ser visto um eclipse parcial ao longo de uma vasta região.
Um eclipse parcial do Sol ocorre quando a Lua tapa apenas uma parte do Sol.
Eclipse da Lua
Um eclipse da Lua dá-se quando o Sol, a Terra e a Lua estão alinhados sendo que a Lua tem que estar na fase de Lua Cheia. Isto significa que a Terra tem que estar entre o Sol e a Lua para que a sombra da Terra seja projectada no nosso satélite.
eclipse da LuaO motivo para que não ocorra um eclipse da Lua sempre que esta chega à fase de Lua Cheia, é similar ao que foi dito anteriormente em relação aos eclipses do Sol, ou seja, a órbita da Lua tem uma inclinação de cerca de 5º em relação ao plano da órbita da Terra em volta do Sol, a chamada eclíptica. Para que suceda um eclipse é necessário que a Lua esteja muito próxima do plano da órbita terrestre quando o nosso satélite está na fase de Lua Cheia.
Existem três tipos de eclipses lunares: totalparcial e penumbral.
Um eclipse total da Lua acontece quando a Lua entra totalmente na região da sombra da Terra.
Um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas parte da Lua é obscurecida pela sombra do nosso planeta.
Um eclipse penumbral da Lua é o tipo de eclipse mais discreto, pois apenas podemos observar uma diminuição de luminosidade da Lua sendo que esta nunca deixa de ser iluminada pelo Sol, apenas fica menos iluminada dado que encontra-se na região da penumbra projectada da Terra.
São muito maiores as hipóteses de vermos um eclipse total da Lua do que as de vermos um eclipse total do Sol. Os eclipses da Lua, sempre que ocorrem, podem ser vistos de qualquer lugar da Terra onde a Lua esteja acima do horizonte, e duram muito mais que os eclipses totais do Sol. Os eclipses totais do Sol, quando ocorrem, apenas podem ser vistos numa pequena faixa. A sombra da Terra tem dimensões suficientes para cobrir toda a Lua durante um tempo relativamente longo, já a sombra da Lua apenas consegue projectar uma pequena faixa de sombra na superfície terrestre.

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